domingo, 25 de outubro de 2009

Windows 7 tem cara de pedido de desculpas

Depois do retumbante fracasso do Vista, nova versão do sistema operacional da Microsoft vai bem nos testes do 'Link'

 

 “Se não fosse pelo Windows Vista, não haveria o Windows 7.” Embora a declaração de Michel Levy, gerente-geral da Microsoft Brasil pareça ter um certo orgulho, mas não é bem o caso. O Windows 7 veio com a dura missão de reverter o fiasco que foi a versão anterior do sistema operacional mais popular do mundo. Bem mais pesado do que o Windows XP, o Vista não só deixou muitos consumidores decepcionados como também causou enorme rejeição. Muitos usuários preferiram ficar com a versão mais antiga, o XP, a se arriscar pelo Vista, que deixava os PCs mais lentos.

 

O principal problema do Vista era o quanto ele exigia do hardware. O Windows 7 veio com a missão de resgatar a multidão que decidiu ignorar o Vista. “Ouvimos 8 milhões de consumidores e fizemos as modificações que eles pediram”, Milton Beck, diretor da área de entretenimento e varejo da Microsoft.

 

“Lançamos o sistema no momento em que a economia está aquecida”, completa.
Esse otimismo com o novo sistema operacional também é partilhado pela indústria. “Com o Windows 7 e o aquecimento da economia, veremos o Natal que deveríamos ter visto ano passado”, afirmou Hélio Rotenberg, presidente da Positivo Informática.

 

MAIS SIMPLES
A Microsoft há muito fala em tornar o Windows mais amigável para o usuário comum, mas a proposta esbarra em incongruências como o excesso de confirmações exigidas antes de cada ação. O que vemos, na verdade, são ícones maiores e mais coloridos e a transformação dos “Meus Documentos” em “Bibliotecas de Mídia”, que reúnem pastas diferentes sob o mesmo rótulo (“Imagens”, “Músicas”, “Vídeos” ou “Documentos”).

 

O Windows Vista já havia introduzido em 2006 a maior parte das implementações visuais que tornam o Windows 7 tão diferente de seus antecessores. O padrão – chamado de Aero – é rico em transparências e esmaecimentos, com a diferença de que o Windows 7 consegue aplicar toda essa perfumaria sem sacrificar o desempenho da CPU.

 

A mudança mais significativa continua sendo na performance da máquina, que aproveita melhor o tempo ocioso do processador e usa a memória de forma mais eficiente. A estabilidade é evidente, mesmo após o uso contínuo do sistema e de aplicativos notoriamente pesados.

 

Em nossos testes, mantivemos o Windows 7 rodando noite adentro em um notebook, enquanto funcionavam softwares de edição de vídeos, um tocador de músicas e um Media Player reproduzindo vídeos em alta definição ininterruptamente. Mesmo navegadores como o Firefox e o Internet Explorer, que sofrem grande perda de velocidade com muitas abas abertas, rodaram sem engasgos.

 

A Microsoft fez a sua parte e tentou retomar seu jogo. Resta saber se o consumidor irá pagar para ver.

 

 

Testamos o novo sistema em nove computadores

Depois da polêmica do Vista, que era um devorador de recursos de sistema, foi com muita cautela que iniciamos os testes com o Windows 7. Testamos as versões Ultimate e Home Premium, 32 e 64-bit. Para os testes, usamos nove computadores, de netbooks a desktops topo de linha. As versões 32-bit do Win 7 foram usadas em máquinas com até 3 GB de RAM. As 64-bit foram testas em máquinas com mais memória. O principal intuito dos testes: detectar possíveis problemas de instalação e avaliar o funcionamento inicial do sistema em atividades simples. No caso das máquinas mais poderosas, avaliar o desempenho imediato em games e tarefas pesadas, que levam o sistema ao limite. Nossa máquina mais simples era equipada com um Intel Atom N280. A mais poderosa, um AMD Phenom X4 com placa de vídeo Radeon HD 4870. Também usamos um placa de vídeo nVidia 295. Em todos os testes, o resultado foi consistente: o Windows 7 roda muito melhor que o antecessor Vista.

 

Fonte: Google Notícias

 

Por: Alexandre Passarelli

 

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